Catarina Marcelino
Membro da Assembleia de Freguesia de Montijo
Nos últimos anos o Município de Montijo tem levado a cabo comemorações do 25 de Abril que passam, fundamentalmente, por alguns eventos de cariz cultural e recreativo, excluindo totalmente acções de expressão político partidária, como aconteceu até ao ano 2000, refiro-me concretamente às sessões solenes com a presença de todos os partidos representados na Assembleia Municipal.
A expressão cultural é uma forma de dar corpo à liberdade de Abril. A liberdade de expressão é de facto uma conquista da democracia que deve ser lembrada e estimulada, porque é um dos mais importantes factores de desenvolvimento social. O 25 de Abril de 1998, em que os Partidos Políticos usaram da palavra de cima do Coreto da Praça da República, ou a inauguração da escultura da tágide na mesma Praça, um momento alto do 25 de Abril dos últimos anos. A música de Zeca Afonso, as palavras do Mestre Lagoa Henriques, a intervenção “de rua” da Presidente Amélia Antunes, foi de facto um momento realmente público, de carácter popular, que aludiu ao espírito da revolução dos cravos. Este ano Canha. A Freguesia mais distante da sede do Concelho. Vila histórica que encerra em si património cultural colocado à disposição da população, de forma democrática, através do Museu que ali se inaugura, no dia 25 de Abril de 2007.
Mas não podemos nem devemos em momento algum esquecer que a liberdade só é de facto possível, porque a democracia existe, e que os pilares de um Estado democrático são os Partidos Políticos. É a pluralidade democrática das ideias e dos projectos que permitem a pluralidade da arte, a liberdade de expressão. E é neste contexto de homenagem ao 25 de Abril e à democracia portuguesa, que recolocou o país novamente na Europa e no mundo dos direitos humanos, do progresso e do desenvolvimento, que defendo a participação activa dos partidos políticos representados nas Assembleias de Freguesia e Municipais, garantes da democracia local, nas comemorações da revolução de Abril.
O formato não tem de ser a tradicional sessão solene, apesar deste tipo de evento traduzir a imponência simbólica que uma data como esta deve significar. Pode tomar a forma de uma Assembleia de Freguesia ou Municipal extraordinária comemorativa, do convite a Deputados da Constituinte que venham falar da sua experiência para a população ou para os jovens das escolas, de sessões de rua colectivas em que os eleitos dos diferentes partidos se juntam e distribuem cravos nas ruas, entre outras ideias que afirmem o significado político de Abril.
Mas aquilo que me parece mesmo importante é que o dia 25 de Abril represente de facto, não mais um feriado, mas o dia em que Portugal passou a ser livre e democrático, tendo como pano de fundo uma democracia assente nos partidos políticos, não esquecendo nunca, apesar do perigoso descrédito do momento que é preciso combater sob pena de por em risco o bem mais precioso de qualquer sociedade, a liberdade, que a nobreza da política se transmite através da palavra, e mesmo quando alguns utilizam a palavra fora de contexto, continua a ser a pluralidade e a liberdade de pensar e de falar que estão a afirmar 33 anos depois.
A expressão cultural é uma forma de dar corpo à liberdade de Abril. A liberdade de expressão é de facto uma conquista da democracia que deve ser lembrada e estimulada, porque é um dos mais importantes factores de desenvolvimento social. O 25 de Abril de 1998, em que os Partidos Políticos usaram da palavra de cima do Coreto da Praça da República, ou a inauguração da escultura da tágide na mesma Praça, um momento alto do 25 de Abril dos últimos anos. A música de Zeca Afonso, as palavras do Mestre Lagoa Henriques, a intervenção “de rua” da Presidente Amélia Antunes, foi de facto um momento realmente público, de carácter popular, que aludiu ao espírito da revolução dos cravos. Este ano Canha. A Freguesia mais distante da sede do Concelho. Vila histórica que encerra em si património cultural colocado à disposição da população, de forma democrática, através do Museu que ali se inaugura, no dia 25 de Abril de 2007.
Mas não podemos nem devemos em momento algum esquecer que a liberdade só é de facto possível, porque a democracia existe, e que os pilares de um Estado democrático são os Partidos Políticos. É a pluralidade democrática das ideias e dos projectos que permitem a pluralidade da arte, a liberdade de expressão. E é neste contexto de homenagem ao 25 de Abril e à democracia portuguesa, que recolocou o país novamente na Europa e no mundo dos direitos humanos, do progresso e do desenvolvimento, que defendo a participação activa dos partidos políticos representados nas Assembleias de Freguesia e Municipais, garantes da democracia local, nas comemorações da revolução de Abril.
O formato não tem de ser a tradicional sessão solene, apesar deste tipo de evento traduzir a imponência simbólica que uma data como esta deve significar. Pode tomar a forma de uma Assembleia de Freguesia ou Municipal extraordinária comemorativa, do convite a Deputados da Constituinte que venham falar da sua experiência para a população ou para os jovens das escolas, de sessões de rua colectivas em que os eleitos dos diferentes partidos se juntam e distribuem cravos nas ruas, entre outras ideias que afirmem o significado político de Abril.
Mas aquilo que me parece mesmo importante é que o dia 25 de Abril represente de facto, não mais um feriado, mas o dia em que Portugal passou a ser livre e democrático, tendo como pano de fundo uma democracia assente nos partidos políticos, não esquecendo nunca, apesar do perigoso descrédito do momento que é preciso combater sob pena de por em risco o bem mais precioso de qualquer sociedade, a liberdade, que a nobreza da política se transmite através da palavra, e mesmo quando alguns utilizam a palavra fora de contexto, continua a ser a pluralidade e a liberdade de pensar e de falar que estão a afirmar 33 anos depois.